domingo, 28 de março de 2021

Os sarcófagos vazios de Quarré-les-Tombes

São Jorge, catedral de Estocolmo
São Jorge, catedral de Estocolmo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







No coração da região de Morvan, na Borgonha (França), entre os límpidos rios Cure e Cousin, uma aldeia tem um nome curioso: Quarré-les-Tombes, algo como o Cercado das Tumbas.

O nome vem da presença sempre inexplicável de grande número de sarcófagos vazios – lá chamados de “pierres carrées”.

A concentração nesse local de milhares de túmulos sem os respectivos restos sempre excitou a imaginação popular.

A história começa no século nono da era cristã. 

Os normandos – ou vikings – que naquela época eram pagãos, invadiam a França e remontavam os rios a bordo de seus grandes barcos, os drakkar.

Eles não somente matavam, pilhavam e queimavam tudo na sua passagem, mas também arrasavam as igrejas e dispersavam as santas relíquias.

O judeu enganado e convertido

Beato Jacques de Voragine predicando. Legenda dorada BNF Fr244 f1
Beato Jacques de Voragine pregando. Legenda duorada BNF Fr244 f1
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Numa praça pública de alguma cidade italiana, em 1267, um frade mendicante faz seu sermão contando:

Um homem havia tomado emprestado de um judeu certa soma de dinheiro e na falta de outra garantia jurara sobre o altar de São Nicolau que a devolve¬ria assim que pudesse.

Muito tempo depois o judeu reclamou o dinheiro, mas o devedor alegou que já havia pago a dívida.

O judeu levou-o a juízo e exigiu que afirmasse sob juramento que havia devolvido o dinheiro.

Como se precisasse de apoio para andar, o homem ali compareceu com uma bengala, que era oca e que ele havia enchido de moedas de ouro.

Quando foi prestar juramento, pediu que o judeu a segurasse e jurou ter restituído mais do que havia recebido.

domingo, 14 de março de 2021

O santo que cravou a lança no costado de Jesus

São Longino no momento supremamente trágico de cravar a lança no Coração de Jesus Procissão em Sevilha, Espanha
São Longino no momento supremamente trágico de cravar a lança no Coração de Jesus
Procissão em Sevilha, Espanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Longino foi o centurião (=chefe de cem homens) que, estando de pé com seus soldados perto da Cruz, furou o lado do Salvador com uma lança por ordem de Pilatos.

Mas vendo o sol se obscurecer e o terremoto, ele acreditou.

Passou a acreditar ainda mais quando, segundo relatam alguns autores, esfregando os olhos com o sangue de Nosso Senhor que corria pela lança, estes voltaram logo a enxergar.

Renunciou então à condição militar e, instruído pelos Apóstolos, passou vinte e oito anos na vida monástica em Cesárea de Capadocia, convertendo muitas pessoas à fé com sua palavra e seus exemplos.

Recusando-se sacrificar aos ídolos quando feito prisioneiro pelo governador, este mandou arrancar-lhe todos os dentes e a língua.