São Longino no momento supremamente trágico de cravar a lança no Coração de Jesus Procissão em Sevilha, Espanha |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Longino foi o centurião (=chefe de cem homens) que, estando de pé com seus soldados perto da Cruz, furou o lado do Salvador com uma lança por ordem de Pilatos.
Mas vendo o sol se obscurecer e o terremoto, ele acreditou.
Passou a acreditar ainda mais quando, segundo relatam alguns autores, esfregando os olhos com o sangue de Nosso Senhor que corria pela lança, estes voltaram logo a enxergar.
Renunciou então à condição militar e, instruído pelos Apóstolos, passou vinte e oito anos na vida monástica em Cesárea de Capadocia, convertendo muitas pessoas à fé com sua palavra e seus exemplos.
Recusando-se sacrificar aos ídolos quando feito prisioneiro pelo governador, este mandou arrancar-lhe todos os dentes e a língua.
Longino, contudo, não perdeu o uso da palavra, e pegando num machado quebrou todos os ídolos dizendo:
São Longino, o centurião miraculado foi um dos primeiros propagadores da Fé de Jesus Cristo. Procissão nas Filipinas |
Os demônios saíram na mesma hora dos ídolos e entraram no governador e em todos seus companheiros.
Estes começaram então a praticar toda espécie de doidices, e pulando como cachorros foram prosternar-se aos pés de Longino.
O santo disse aos demônios: “Por que habitais nos ídolos?”.
Eles responderam: “Onde o nome de Cristo não está inscrito ou simbolizado, aí está nossa moradia”.
A Sagrada Lança está conservada na Sainte Chapelle de Paris |
O governador estava furioso e perdeu a visão. Longino lhe disse:
‒ “Sabe que não serás curado senão após ter-me matado. Com efeito, logo após receber a morte de tuas mãos, rezarei por ti e obterei a saúde de teu corpo e de tua alma”.
Então o governador mandou que cortassem a cabeça de Longino.
Em seguida foi até seu corpo, prosternou-se com lágrimas nos olhos e fez penitência.
Recuperou incontinenti a visão e a saúde, acabando seus dias na prática de boas obras.
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Curioso é como no Brasil, a imagem popular de São Longuinho é de um monge carregando uma luminária. Seu carisma por aqui é menos nobre (achar pequenos objetos perdidos), e nada lembra o soldado romano armado de lança. Por quê?
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