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O tesouro do castelo de Hohenstein |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Ainda sobram umas ruínas do castelo de Hohenstein, na Alemanha.
Elas não dão ideia da grandeza daquela cidadela medieval, e da riqueza de seu senhor.
Mas, em volta dela, corre ma lenda. Ela conta que:
“Há já muito tempo, naquela densa floresta, um lenhador trabalhava duramente perto da cidadela.
“O lenhador, entretanto, acariciava um sonho. Ele até falava em alta voz, quando ninguém o ouvia:
‒ “Que tal ficar rico sem trabalhar? Uma sorte, um inesperado, e a gente acha um tesouro. Ah! Nunca mais trabalhar... que bom!
“O diabo que andava por ali perto pegou a coisa no ar e aprontou uma das dele.
“Quando os últimos raios de sol desapareceram por trás da colina, o lenhador parou seu serviço e pegou o caminho de volta.
“O demônio tinha ali montado uma arapuca.
“Como de pura sorte o lenhador julgou perceber entre as ruínas do castelo uma curiosa pilha de materiais transparentes e desconhecidos.
“Pareciam com asas de besouros, insetos que havia em grande quantidade naquele bosque.
“Ele achou estranho, mas ele estava certo que ninguém acreditaria se contava ter achado isso.
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Ruínas do castelo de Hohenstein |
“De fato, os besouros não se reúnem nesse número para morrerem juntos.
“Ele, então coletou a mancheia essa estranha matéria e a colocou delicadamente na sua bolsa.
“Mas, eis que se afastando das ruínas, a matéria começou a pesar cada vez mais.
“Sem dúvida, a fadiga de uma jornada particularmente difícil e longa fazia sentir seus efeitos.
“Ele já não conseguia caminhar mais com aquele peso todo. Não podia mais!
“Se livrar desse peso tornou-se sua maior preocupação.
“Perto do fosso da antiga muralha, ele jogou todo o conteúdo de sua bolsa.
“Nessa hora, em lugar de asas de besouro caíram belas moedas de oro que sumiram entre as pedras e as fendas do fosso.
“Os olhos do lenhador abriram-se enormes, ele estava fascinado pela descoberta!
“Ouro! Rico... riquíssimo... sem trabalhar... por um simples acaso... um mero achado...!
“Ele tentou tudo o que podia para recuperar as moedas, remexeu a terra, levantou as pedras, arrancou o capim...
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Ruínas do castelo de Hohenstein |
“Mas tudo foi em vão! As moedas se escondiam entre as ruínas do castelo.
“Ele então lembrou aquela pilha esquisita ao lado do caminho e voltou.
“Ele ficaria rico... para sempre... moedas de ouro.... muitas moedas... muito ouro...
“Ele voltou a procurar as asas de besouro. Mas, ... não ficava nada.
“Tudo havia desaparecido.
“Ele não quis acreditar.
“O sonho dele era mais forte do que tudo.
“Começou a procurar, procurar, procurar...
“Desde aquele dia, quando a noite começa a descer perto das ruínas fantasmais do castelo, os passeantes perdidos contam que uma figura estranha remexe o fosso da velha praça forte.
“Eles não sabem, mas é o lenhador que sonhava de olhos abertos em ficar rico sem trabalhar e que há séculos escava as ruínas à procura de seu cobiçado tesouro.”
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