sábado, 24 de dezembro de 2022

Feliz Natal e abençoado Ano Novo !


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

domingo, 18 de dezembro de 2022

O retorno das pombas à catedral de Dijon

As gárgulas da catedral de Dijon passavam muito frio no Natal
As gárgulas da catedral de Dijon passavam muito frio no Natal
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Na Borgonha, as pedras nunca são brancas por vontade de Deus.

Ao contrário, com o passar dos anos e dos séculos elas ficam bem cinzentas e até pretas.

No alto da catedral, as gárgulas – aquelas esculturas de animais quiméricos colocadas para dar vazão às águas de chuva e qualquer outra sujeira tirada por esta do telhado –, sempre bem alinhadas, estavam mais do que feias.

Mais. Sentiam-se doentes e tristes no seu pétreo silêncio.

Por obra dos entalhadores, elas tinham formas de diabos, monstros e animais horríveis.

O vento, a chuva, as geadas, as fumaças, tudo contribuía para deixá-las mais estragadas, repulsivas e decadentes.

Acontecia também – e ninguém sabia explicar – que as pombas tinham diminuído em número, a ponto de quase desaparecerem.

Só restavam algumas, mas estavam velhas e doentes. Já não se via seu vulto branco no céu e nos galhos das árvores.

A Virgem Negra da catedral de Dijon
A Virgem Negra da catedral de Dijon
Elas não mais arrulhavam como outrora nos jardins.

O Natal foi se aproximando, e com ele o frio, o vento gélido e os nevoeiros do inverno que estragavam as gárgulas.

Uma noite gelou de rachar a pedra, que rachou verdadeiramente numa noite de lua: o gelo fez estourar encanamentos e gárgulas.

Essa tragédia desencadeou uma revolta. Enquanto os homens dormiam, as gárgulas saíram de seu sono pétreo, reuniram-se num conciliábulo noturno e tomaram uma grande decisão.

Dias atrás elas tinham ouvido que na capela da Virgem Negra, na catedral, havia sido montado um grande presépio.

Dizia-se que ali havia velas, luz, calor.

Na véspera, os sinos haviam repicado com maior força e toda a cidade fora visitar o referido presépio.

Mais tarde, as pessoas voltaram felizes às suas casas aquecidas, enquanto as portas da catedral eram fechadas.

Ouviram que o mais belo Menino estava lá
As gárgulas haviam visto aquele espetáculo.

Mais: do alto da catedral, elas contemplavam de um extremo a outro da cidade centenas de janelas iluminadas nos aconchegantes lares.

Ainda ouviram elas que dentro da capela podia-se ver o mais belo bebê que nasceu na Terra.

As gárgulas chegaram a um acordo: embora feitas de pedra estragada pelo frio, elas se refugiariam na capela e falariam com o Menino.

Acabariam com aquele frio e, além do mais, fariam alguma coisa inusual!

Na hora mais pesada da noite, começaram elas a se movimentar, cada uma mais feia do que a outra, mais enegrecida e suja do que a vizinha, mais torta e espantosa do que se podia imaginar.

Agrupadas se pareciam mais com um bando de corvos negros.

Elas eram dezenas e voavam em torno do campanário à procura de alguma entrada. Assim que a descobriram enfiaram-se todas dentro num só e sinistro voo.

Quando o Menino as viu chegar chorou de espanto
Quando o Menino as viu chegar com suas enormes asas pretas e repugnantes bicos pontiagudos, começou a chorar de horror.

Nem sua Mãe conseguia acalmar seu choro de medo.

Apavorados pelo pânico que eles próprios tinham suscitado, os corvos-gárgulas retrocederam.

E se reuniram de lado de fora, numa hora em que a neve começara a cair.

Puseram-se então a discutir o que fazer.

A disputa foi longe e não chegavam a um acordo. Voltar ao teto da catedral? Que horror! Que frio!

Mas fazer chorar um recém-nascido era um crime insuportável!

Finalmente, decidiram voltar à capela, devagarzinho, em boa ordem, calmamente, com silêncio e disciplina.

Vendo-as o Menino riu
Na segunda vez, vendo-as o Menino riu
Quando o Menino os viu, começou a rir. E o fazia a plenos pulmões de gáudio e satisfação.

Os corvos-gárgulas não acreditavam no que viam. Eles, esses monstros alegravam o Menino?

Eles se olharam uns aos outros e atinaram com estupefação que não se pareciam mais corvos.

A neve que caíra sobre eles do lado de fora os tinha recoberto com seu manto branco.

Vendo-os chegar, a Mãe daquela divina Criança voltou seu olhar com um sorriso apiedado para o tabernáculo, e rogou para que a neve branca e delicada que os cobria nunca mais derretesse.

Se aqueles pássaros não assustaram o Menino era porque sua plumagem tinha ficado suave, sedosa e alva.

Foi assim que numa bela manhã de Natal os habitantes de Dijon viram que as pombas haviam reaparecido voando sobre a catedral.

É por isso também que os guias honestos contam aos turistas que as gárgulas hoje existentes na catedral não são as originais, mas meras cópias.



(Fonte: Sophie e Béatrix Leroy d’Harbonville, “Au rendez-vous de la Légende Bourguignonne”, ed. S.A.E.P., Ingersheim 68000, Colmar, França)




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domingo, 4 de dezembro de 2022

Os caminhos da vida

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Encaminhavam-se três viajantes para um país longínquo, em busca de honras e fortunas.

Por algum tempo, andaram juntos, consultando o mesmo roteiro, comendo do mesmo pão e dormindo sob a mesma tenda.

Apesar de ser o rumo determinado com relativa facilidade pelas constelações, começaram eles a preocupar-se com os acidentes do terreno e bem cedo suas opiniões se dividiram.

Por esse tempo, atravessavam uma vasta zona deserta e sentiram-se aflitos ao ver quase terminada a provisão de água.

Temendo as torturas da sede, depois de acalorada discussão, resolveram separar-se dois deles, tomando caminhos que lhes pareciam mais razoáveis.

O primeiro, desprezando o mapa, que levavam, saiu sozinho pelo areial ardente, ansioso por achar uma fonte e depois o país remoto. Andou dias e dias, até se esgotarem todos os recursos para a longa viagem.

Em meio de sua angústia, entreviu, ao longe, um córrego de águas cristalinas. Correu para ele, fazendo os derradeiros esforços para chegar à margem. Mas tombou moribundo e sem esperanças, quando verificou que a corrente era apenas uma enganadora miragem.

O segundo viajante também desprezou o roteiro e seguiu o rumo aconselhado por outros, antes da partida, homens que jamais quiseram arriscar-se a empreender a perigosa jornada.

Após alguns dias de inauditas canseiras, viu, à distância, o que lhe pareceu um lago. Estugou o passo até chegar à margem e exultou de alegria ao ver que tinha água fresca à disposição.

Mas sofreu, em seguida, decepção amarga, ao provar da água e verificar que era salgada. Tinha diante de si apenas um braço de mar, avançando por solitárias regiões. Ali mesmo expirou exânime o louco aventureiro.

Mas o terceiro caminhante agiu doutro modo. Assentado na areia, poupando as forças, examinou detidamente o roteiro, orientou-se pelas estrelas e foi-lhe fácil, afinal, acertar com uma quase apagada vereda.

Alcançou breve um delicioso oásis, onde descansou, comeu frutos e bebeu água fresca e límpida. Uma caravana que passava, levou-o seguramente á terra desejada e ai encontrou muito mais do que havia sonhado em honras e riqueza!

Um velho contou esta história à um grupo de jovens, que o escutava atentamente e acrescentou:

‒ Meus filhos: o roteiro, que nos ensina o caminho para o país longínquo, é a Palavra de Deus,Nosso Senhor.

O primeiro viajante é o homem que, desprezando os ensinamentos sagrados, deixando de olhar para o alto e preocupando-se apenas com os interesses mundanos, se dirige tão somente com a fraca luz de sua inteligência. No final da vida, verifica que perseguiu miragens enganadoras e já não tem mais forças nem tempo para retroceder.

O segundo viajante é o que espera achar o rumo através da filosofia e da opinião dos homens. Segue conselhos, faz esforços bem intencionados, porém tudo em vão, porque seus conselheiros são homens que apenas dizem: “Fazei assim”, e eles mesmos nunca empreenderam a heróica jornada.

Mas o terceiro viajante é o que lê atentamente a Sagrada Escritura, medita nos seus profundos ensinamentos, olha para o alto e obedece com fidelidade aos divinos preceitos. A despeito de toda a aridez da vida, não tarda a encontra-se no consolador oásis da fé e são as virtudes evangélicas que o levam, pela graça divina, à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quereis um conselho? Não desprezeis, filhos meus, esse roteiro, enquanto fazeis vossa jornada pelo caminho da vida!


(Athalicio Pithan, Lendas e Alegorias, Edições Brasília, Porto Alegre, 1ª edição, 1945, p. 13-15).



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domingo, 20 de novembro de 2022

A Cidade do Pavão

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A umas léguas de Paleacate, porto da costa de Coromandel, no meio das brenhas da vegetação tropical, encontrava-se no século de quinhentos uma cidade morta e deserta.

[Nota: Costa de Coromandel é o nome dado à faixa marítima de Tamil Nadu, no sudeste da Índia, banhada pelo oceano Índico. Em Chenai, antiga Madrás se venera o túmulo de São Tomé Apóstolo]

Grande cidade, evidentemente, a julgar pelos montões de pedras, ricamente esculpidas, e colunas ornadas de finos lavores, que se viam espalhadas pelo matagal – ruínas de templos, palácios e outros edifícios imponentes, agora a esboroar-se debaixo do sol escaldante do Estio e chuvas da monção.

Cidade destruída pela invasão das hordas muçulmanas – diziam alguns –, devassada por uma incursão catastrófica do mar que tragou a população e arrasou as casas – opinavam outros.

Fosse como fosse, muito se contava do esplendor antigo de Meliapor, dos seus trezentos templos e maravilhosos paços.

O seu nome significava Cidade do Pavão, porque entre as aves outra não há mais formosa do que o pavão.

Não era todavia para contemplar restos de glórias transactas, que os viajantes ainda visitavam a Cidade do Pavão. Era que sobre estas ruínas pairava uma auréola de santidade.

Corria fama por todo o Oriente de que a extinta Meliapor guardava as relíquias dum santo.

Diziam-no gentios e muçulmanos com a mesma convicção, e os cristãos das antigas igrejas da Ásia afirmavam, como sabido e certo, que aqui veio, pregou, e morreu martirizado, o Bem-aventurado Apóstolo São Tomé.

Imaginemos pois o alvoroço sentido por meia dúzia de portugueses, quando, em 1517, tendo desembarcado em Paleacate, uns armênios ali residentes se ofereceram para guiá-los à sepultura de São Tomé.

Catedral de São Tomé Apóstolo, Chennai (ex-Madrás), Índia
Catedral de São Tomé Apóstolo, Chennai (ex-Madrás), Índia
Partiram todos a pé, e andaram seis jornadas até chegar à cidade abandonada.

No meio das ruínas, foi-lhes apontado um modesto edifício – o único ainda de pé, antigo e danificado, apresentando a forma de igreja cristã com abóbada alta e coruchéu, e tendo três portas de madeira lavrada.

Aí, encontraram um velho indiano, meio cego, e evidentemente pobre. Era – dizia – o guardião desta casa, quem a varria e limpava, como o tinham já feito seus pais e avós e granjeava algumas esmolas para pagar o azeite da candeia, que acendia quando chegavam peregrinos.

Alumiados por esta, os portugueses penetraram no interior cheio de sombras, entre as quais descortinaram três naves e uma capela-mor, com cinco pavões esculpidos e cruzes gravadas nas paredes circundantes.

Em duas capelas laterais, viam-se duas sepulturas, cada qual do tamanho do corpo de um homem. Do lado direito, informaram os armênios, jazia o Apóstolo Bem-aventurado, e, à esquerda, estava enterrado o companheiro, São Matias.

Rogaram então ao velho que lhes narrasse tudo quanto sabia da história estranha deste lugar sagrado, e ele, de boa vontade, anuiu.

Havia muitos e muitos anos – talvez uns mil e quinhentos –, dizia o seu pai, que o ouvira de seus bisavós, os quais por sua vez o tinham ouvido aos antepassados, e o mesmo contavam os mais antigos desta terra – que em Paleacate desembarcaram dois estrangeiros, oriundos de terras remotas e então chegados da China.

Andando na praia, eles viram os elefantes do rei a puxarem com toda a força um pau enorme, lançado pelo mar, sem que o conseguissem. O principal dos recém-vindos pediu ao rei que lhes desse o lenho.

“Leva-o – respondeu ele, a rir – se puderes com o peso!”

Então, perante o espanto de todos, o homem desapertou o cinto, amarrou-o ao pau, que primeiro benzeu, e, tranquilamente, sem o menor esforço, foi-o levando atrás de si umas doze léguas, sertão dentro.

São Tomé toca nas chagas de Cristo. Museu The Cloisters, New York. Originário de Carinthia, Áustria.
São Tomé toca nas chagas de Cristo.
Museu The Cloisters, New York. Originário de Carinthia, Áustria.

Um santo, sem dúvida nenhuma! clamou a multidão, e onde parou com o lenho, o rei deu-lhe licença para fazer casa.

Todo o povo acorreu a ajudar. Queriam ser pagos em dinheiro ou em mantimentos? – perguntou o santo.

Aos que diziam dinheiro ele dava cavacos da obra, que se tornavam moedas; aos que optavam por comida, enchia as abas de areia, que logo se transformavam em arroz!

Assim a casa ergueu-se depressa, o santo ficou lá a viver, pregou o Evangelho e fez grandes milagres na terra.

O próprio rei converteu-se e foi baptizado com toda a família e muitos dos súditos, apesar da oposição furiosa dos brâmanes, sacerdotes do diabo.

Estes conseguiram provocar um motim contra o pregador das novas doutrinas, fazendo-o apedrejar e atravessar por uma lança. Isto conforme os mais entendidos.

O povo, todavia, contava a coisa de outra maneira!

O santo costumava ir rezar para o ermo da serra e – certamente para que não o incomodassem – transformava-se muitas vezes num pavão.

Ora aconteceu, certo dia, que um caçador, deparando com um grupo de lindos pavões no cume da montanha, atirou com a lança ao mais formoso.

Qual não foi o seu espanto quando viu a bela ave tomar a forma de homem – de um homem ferido de morte!

Quisera fugir, mas o santo deteve-o. que não se assustasse – pois a sua morte era da vontade do Senhor.

Que chamasse mesmo os seus discípulos para que o enterrassem na sua casa.

Assim se cumpriu e, desde então, todo o povo venerava esta sepultura, onde achava cura milagrosa para os seus males.



(Autor: Elaine Sanceau, “Recortes de pequena história”)

O túmulo de São Tomé Apóstolo em Chennai, ex-Madrás, Índia
O túmulo de São Tomé Apóstolo em Chennai, ex-Madrás, Índia
Nota: quando do tsunami de dezembro de 2004 que devastou aquela região, o templo que guarda as relíquias de São Tomé ficou imune às ondas gigantescas que, entretanto, destruíram todas as construções adjacentes.

Uma antiga tradição afirmava que um poste fixado pelo apóstolo limitaria até o fim dos tempos as águas, que jamais o ultrapassariam.

Este poste existe até os dias atuais e se localiza exatamente na porta principal da igreja que guarda as relíquias de São Tomé.

Isto deixou os sacerdotes hindus desconcertados e por isso prometeram não mais perseguir e discriminar os cristãos daquelas plagas. Fonte: Wikipedia, verbete São Tomé.



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domingo, 13 de novembro de 2022

A catedral submersa

Luis Dufaur
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Na Bretanha, as crianças ouvem contar a lenda da catedral submersa:

"Era uma vez uma catedral bonita, plantada havia muitos anos na beira do mar.

Era a jóia da aldeia, o povo gostava dela. Em dia de festa, mais bonita ficava, cheia de gente, e os sinos dobrando.

"Mas um dia — foi o vento? foi a maré muito forte? foram os pecados da gente que irritaram a Deus? — o certo é que o mar subiu e devorou a catedral.

Depois, durante muitos séculos não se ouviu falar mais da "cathédrale engloutie".

Mas quando era calma a noite, quando não silvava o vento gemendo no arvoredo, nem uivavam os cães na redondeza, se o barqueiro que singrasse aquelas ondas apurava o ouvido, escutava lá longe, vindo do fundo das águas, o claro som argênteo de sinos tocando.

Eram os sinos da catedral, que dobravam para as suas festas".

Ora, é um pouco assim com cada alma humana.

Quantas vezes esbarramos na vida com um ser abjeto, cheio de defeitos. Pensamos com asco que nada de sadio existe nele.

Bastaria, entretanto, aguçar o ouvido para escutar — muito distantes, talvez, mas sonoros e cristalinos — cantarem os sinos dessa "cathédrale engloutie".

O que é preciso é não desesperar de ninguém. É saber descobrir em cada coração o reflexo de Deus que aí existe, ainda que esteja envolto na lama.

É saber dar a esse mísero desgraçado a possibilidade de emergir para a vida. Fazer que cantem os sinos da catedral.



(D. Lucas Moreira Neves, "A semente é a palavra" - Paulinas, SP, 1969, pp. 13-16)


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