domingo, 27 de junho de 2021

O juramento do rato

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Um dia, o rato caiu em um tonel cheio de vinho.

O gato estava passando perto e ouviu o rato fazendo um grande barulho no vinho porque ele não conseguia sair.

E o gato disse:

“Por que você está gritando tanto?”

O rato respondeu: “Porque não consigo sair.”

E o gato disse: “O que você vai me dar se eu te ajudo a sair?”

O rato respondeu:

“Vou te dar tudo o que você pedir de mim.”

E o gato disse:

“Se eu te tirar, quero que me você me dê isso: venha até mim quantas vezes eu te chamar.”

E o rato disse:

“Isso eu garanto que vou fazer.”

E o gato disse:

domingo, 20 de junho de 2021

A pergunta do anjo ao frade soberbo
e o que aconteceu depois

E o jovem bateu na porta fortemente
E o jovem bateu na porta fortemente.
Fundo: viela de Assis
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







No princípio e fundação da Ordem, quando havia poucos irmãos e não havia conventos estabelecidos, São Francisco, por devoção, se foi a Santiago de Galícia, e levou consigo alguns irmãos, entre os quais um foi Frei Bernardo.

E seguindo assim juntos pelo caminho, acharam numa terra um pobre enfermo, do qual tendo compaixão, disse a Frei Bernardo: “Filho, quero que fiques aqui servindo a este enfermo”.

E Frei Bernardo, ajoelhando-se humildemente e inclinando a cabeça, recebeu a obediência do santo pai e ficou naquele lugar; e São Francisco com os outros companheiros foi a Santiago.

Ali ficando reunidos e estando de noite em oração na igreja de Santiago, foi por Deus revelado a São Francisco que ele devia fundar muitos conventos pelo mundo.

Porque sua Ordem se devia dilatar e crescer em grande multidão de frades; e por esta revelação começou São Francisco a estabelecer conventos naquela região.

E, voltando São Francisco pelo mesmo caminho, encontrou Frei Bernardo mais o enfermo com o qual o havia deixado, e que estava inteiramente curado.

domingo, 6 de junho de 2021

A cidade no fundo da “baía dos mortos”

Ys, a cidade da lenda, sepultada na baía de Douarnenez, na Bretanha, França
Ys, a cidade da lenda, sepultada na baía de Douarnenez, na Bretanha, França
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









Entre a lenda e a história real há sempre uma zona nebulosa de incerteza. O fato é que a figura de uma cidade submersa, com uma catedral magnífica cujos sinos tangem ao sabor das ondas, ainda hoje excita as imaginações.

A misteriosa Bretanha é uma das mais interessantes regiões da França. Imensa plataforma que avança sobre o Atlântico, ao sul da Grã-Bretanha, ela é castigada por toda espécie de ventos e marés, como também o foi por invasões, ao longo de sua história milenar.

Os primeiros celtas chamaram-na Armor — “Terra voltada para o mar”. Daí o nome de Península Armórica, que ainda hoje a designa.

Na sua extremidade sul formou-se a Cornualha, nome que parece vir da Cornwall britânica, a península mais ocidental da Inglaterra.

Ocupada por gauleses, romanos, celtas, várias vezes saqueada pelos normandos, a Bretanha constituiu-se em reino até o século X, e depois em poderoso ducado, antes de ser incorporada definitivamente à França com os casamentos sucessivos de Ana de Bretanha com Carlos VIII e Luís XII, ambos filhos do astuto Luís XI.

Cheia de mistérios, é uma terra fértil em lendas e tradições imemoriais.