domingo, 19 de setembro de 2021

O cavalo Lajkonik

A parada de Lajkonik se repete todos os anos em lembrança do épico feito
A parada de Lajkonik se repete todos os anos em lembrança do épico feito
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Durante a Idade Média, a cidade polonesa de Cracóvia foi ficando cada vez mais bela e brilhante. Para ela se voltavam os povos vizinhos.

Foram assim nascendo em torno dela aldeias e cidadezinhas que viviam dependentes de sua riqueza, arte e comércio.

Uma dessas cidadezinhas que deitou raízes na beira esquerda do rio Vístula chamava-se Zwierzyniec.

Ela era habitada por barqueiros que transportavam mercadorias e toras pelo rio.

O trabalho não era fácil e pedia muito sacrifício, coragem, força e resistência nas dificuldades.

Eles não sabiam, mas certa vez uma horda tártara planejou atacar Cracóvia, aproveitando que durante o dia suas portas ficavam abertas.

domingo, 12 de setembro de 2021

A ponte de Ledea

Puente de Burgui, Navarra
Puente de Burgui, Navarra
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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O rei mouro Abderramam tinha que passar pela Navarra, de regresso da França.

O rei Dom Sancho ao saber disso, enviou mensageiros aos vales de Roncal, Salazar e Aezoa, com ordem de que reunissem todos os homens disponíveis e lutassem contra os mouros.

Os roncaleses e os de Salazar dispuseram-se a cumprir a ordem do monarca.

Ao toque de sinos dos povoados, os homens deixaram suas ocupações e tomando as armas que podiam dispor, foram atacar Abderramam.

Mas os aezoanos disseram que eles não eram homens de guerra, e que sua obrigação consistia em cultivar e guardar as terras.

Mas, se Abderramam aparecesse por aí, o receberiam com fogo.

domingo, 5 de setembro de 2021

O ermitão e o ladrão

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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Numa ermida morava um virtuoso ermitão, ao qual se chegou um salteador de caminhos, dizendo-lhe:

— Vós rogais a Deus por todos. Rogai-Lhe que me tire deste mau ofício que trago, senão eu vos hei de matar.

Saindo dali, tornava a fazer o mesmo que dantes, e outra vez tornava a vir ao eremita, dizendo:

— Vós não quereis rogar a Deus por mim, pois hei de vos matar.

Tantas vezes fez isto, que uma vez veio decidido a matar o eremita.

Diante dessa decisão, o eremita propôs:

— Já que me queres matar, tiremos primeiro ambos uma pedra que tenho sobre minha sepultura. Depois de morto, lançar-me-ás dentro sem muito trabalho.

Ele aceitou, e assim foram ambos erguer a pedra.

Porém, enquanto o salteador trabalhava quanto podia para erguê-la, o ermitão trabalhava para que ela não se erguesse.

E desta maneira não faziam nenhuma mudança na posição da pedra.

O salteador deu pela coisa, e disse:

— Do modo como vós me ajudais, como posso eu erguê-la? Eu levanto a minha parte, mas vós inutilizais o meu esforço.