domingo, 23 de maio de 2021

A espada de Cracóvia

As duas torres da igreja de Nossa Senhora
As duas torres da igreja de Nossa Senhora
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na praça central de Cracóvia, Polônia, ergue-se rumo aos céus a suntuosa igreja de Nossa Senhora.

Ela é tão bela, tão grande e tão bem localizada, que muitos ficam convencidos de que é a catedral da cidade.

Entretanto a catedral, também magnífica, fica na cidadela de Cracóvia, conhecida como Wawel, junto ao Palácio Real e outros prédios históricos admiráveis.

A igreja de Nossa Senhora começou a ser construída por volta de 1220 sobre os fundamentos de um antigo templo em estilo românico várias vezes reformado e que era a igreja principal da Praça do Mercado.

Ela apresenta duas torres de altura vertiginosa, coroadas por dois maravilhosos conjuntos de torrezinhas e agulhas muito diferentes, aliás, em cada torre principal.

A mais alta é conhecida como Torre da Guarda e do alto dela trombeteiros que se revezam anunciam ininterruptamente a hora, de dia e de noite, em direção dos quatro cantos principais da cidade.

A menos alta é chamada a Torre dos Sinos, pois nela há um imenso sino que, segundo uma outra lenda, no século XV foi levado até o topo por Stanislas Ciolek, um homem de força inaudita.

Por que as duas torres têm alturas diferentes?

domingo, 9 de maio de 2021

São Luís, rei da França, peregrino, visita Frei Egídio

São Luís rei da França, miniatura contemporânea na Biblia de Toledo, dita Bíblia de São Luis, c. 1230, The Morgan Library & Museum, New York
São Luís rei da França, miniatura contemporânea na Biblia de Toledo,
dita Bíblia de São Luis, c. 1230, The Morgan Library & Museum, New York
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Indo São Luís, rei de França, em peregrinação visitar os santuários pelo mundo, e ouvindo a fama grandíssima da santidade de Frei Egídio, o qual fora dos primeiros companheiros de São Francisco, pôs no coração e determinou por tudo visitá-lo pessoalmente.

Pela qual coisa veio a Perusa, onde habitava então o dito Frei Egídio.

E chegando à porta do convento dos frades, como um pobre peregrino desconhecido com poucos companheiros, chamou com grande insistência por Frei Egídio, nada dizendo ao porteiro sobre quem fosse aquele que o chamava.

Foi, pois, o porteiro a Frei Egídio e disse-lhe que à porta havia um peregrino que o procurava: e por Deus lhe foi revelado em espírito que aquele era o rei de França.

pelo que subitamente ele com grande fervor sai da cela e corre à porta e sem mais pergunta, ou sem que jamais tivessem estado juntos, com grandíssima devoção ajoelhando-se abraçaram-se e beijaram-se com tanta familiaridade como se há longo tempo tivessem tido grande amizade.

No entanto, nenhum falava com o outro, mas estavam assim abraçados em silêncio com aqueles sinais de amor caritativo.

E ficando como ficaram por grande espaço de tempo por esta forma, sem dizer palavra, partiram-se um do outro.