As bodas de Caná. Gerard David (1460 — 1523), Museu do Louvre, Paris |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Cantiga 342 & 127 do rei de Castela Alfonso X, o Sábio. Cantigas de Santa María
Esta Cantiga conta como Santa Maria mudou o vinho num tonel, por amor à boa dama da Bretanha.
“Da mesma maneira que Deus fez vinho da água nas Bodas de Caná, assim também depois Sua Mãe multiplicou bem o vinho”.
Sobre isto vos contarei um milagre que Ela fez na Bretanha, para uma dona muito sem mal, que Deus tinha dotado de bons costumes e habilidades, e que quis ficar na amizade d’Ela como um bom vizinho.
Dentre todas as bondades que essa dona tinha, sobressaía que confiava muito em Santa Maria, a qual por causa disso a impediu que passasse vergonha ante o rei que, no meio de uma viagem, parava em sua casa.
A dona, querendo servi-lo, esteve muito ocupada e deu-lhe carne e peixe, pão e cevada, mas estava muito desprovida de bom vinho e só tinha um pouquinho num pequeno barril.
Sua preocupação redobrava, porque embora ela quisesse comprar em sua região, não havia quem tivesse, nem que o vendesse por dinheiro ou por qualquer outra coisa que lhe oferecessem.
Só lhe restava implorar à Mãe do Menino Deus, e com esta esperança foi até a igreja e disse:
“Ai, Santa Maria, pela vossa misericórdia fazei-me sair de uma vergonha tão grande, porque não poderei mais me vestir nem com lã nem com linho”.
De imediato sua oração foi ouvida, e ao rei com toda sua companhia foi servido um bom vinho, e na adega não faltou porque acharam em abundância, tanto para o mais rico quanto para o mais pobre.
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Lindo canto a Maria
ResponderExcluirMaravilhoso mesmo. Lindo! Lindo!
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