Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O velho conde Guy de Maience habitava um castelo às margens do Reno, lá adiante, perto da embocadura do rio, não longe do "mar salgado".
Era um infatigável caçador, e tivera em toda sua vida apenas duas belas paixões: a batalha e a caça do bosque.
Ora, um dia em que ele perseguia um veado pela floresta adentro, não foi pequena sua surpresa, e nem sua irritação, ao ver o animal se refugiar no pequeno quintal de uma ermida.
E logo o ermitão caiu a seus pés pedindo clemência pelo animal já sem fôlego:
— "Não, não! Não há clemência" — exclamou o conde.
E lançou no animal o grande dardo que tinha na mão.
Mas a flecha, mal dirigida, atingiu o eremita e lhe atravessou o coração.
Os anjos desceram do céu para recolher sua alma.
Nada pôde exprimir então a dor do assassino involuntário:
"Eu juro tomar o lugar deste que matei — diz ele — e viver nesta ermida até o fim de minha vida!"
E o nobre terminou seus dias como piedoso ermitão.
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Gosto muito dos Contos Medievais!
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