Detalhe do Juízo Final na fachada de Notre Dame de Paris |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Dois estudantes, dando-se mais à vadiação do que aos estudos, resolveram ir passar a noite numa casa suspeita.
Por um resto de pudor, porém, um deles desistiu e ficou na pensão, indo só o outro.
Na hora de deitar-se, segundo o seu hábito, o primeiro rezou ao pé da cama três Ave-Marias.
Era um costume de família, que manteve no colégio onde fez seus preparatórios.
Logo que se deitou, ouviu umas pancadas na porta, e o seu infeliz companheiro apareceu no quarto. Que mudança!
Que rosto lívido!
— Que lhe aconteceu? — perguntou.
Diabo. Hans Memling (1430/1440 — 1494) |
Dito isto, a visão desapareceu. O moço desatou em prantos e agradeceu à sua Benfeitora por tamanho favor.
Pediu-lhe força e coragem para mudar de vida.
De manhã cedo, encaminhou os passos para o convento dos Franciscanos, pedindo ser admitido sem demora na Ordem.
Conhecendo-lhe a vida desregrada, o Superior não acedeu ao seu desejo.
Porém, depois que o moço narrou o acontecido, dois religiosos foram mandados para averiguar a verdade.
Com efeito, acharam o corpo do infeliz moço, com o rosto enegrecido como carvão.
O postulante foi então admitido ao noviciado. Tornou-se religioso exemplar e foi enviado às Índias para pregar o Evangelho.
Terminou a vida derramando seu sangue no martírio.
(Fonte: S. Afonso de Ligório, apud "Maria ensinada à mocidade" - Livraria Francisco Alves, Rio, 1915)
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Bom dia Paz e Bem.
ResponderExcluirGostaria de receber mais contos sobre São Francisco de Assis.