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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Frei Conrado de Offida, admirável zelador da pobreza evangélica e da Regra de São Francisco, foi de tão religiosa vida e de tanto mérito para com Deus, que Cristo bendito em vida e na morte o honrou com muitos milagres.
Entre os quais uma vez tendo ido como forasteiro ao convento de Offida, os frades pediram-lhe pelo amor de Deus e da caridade que admoestasse um frade jovem que havia naquele convento.
Esse jovem procedia tão infantilmente e desordenadamente que perturbava os velhos e os jovens daquela família.
E do oficio divino e das outras regulares observâncias pouco ou nada se importava.
Pelo que Frei Conrado, por compaixão daquele jovem e pelos pedidos dos frades, chamou à parte o dito jovem.
E com fervor de caridade lhe disse tão eficazes e devotas palavras de admoestação, que com a operação da divina graça ele subitamente se mudou de moço em velho de costumes.
Ficou tão obediente e benigno e solicito e devoto, e ainda tão pacífico e serviçal, e tão cuidadoso para com todas as coisas de virtude, que, como primeiramente toda a família vivia perturbada por ele, assim depois todos estavam contentes e consolados e grandemente o amavam.

Poucos dias depois da morte sua alma apareceu a Frei Conrado, estando ele devotamente em oração, diante do altar do dito convento, e o saudou devotamente como a seu pai.
Frei Conrado lhe perguntou:
– “Quem és?”
Respondeu:
– “Eu sou a alma daquele frade jovem que morreu há dias”.
E Frei Conrado:
– “Ó filho caríssimo, que é feito de ti?”
Respondeu ele:
–“Pela graça de Deus e pela vossa doutrina vou bem, porque não estou danado: mas por certos pecados meus, os quais não tive tempo de purgar suficientemente, suporto grandíssimas penas no purgatório: mas te peço, pai, que, como por tua piedade me socorreste quando eu era vivo, assim agora queiras socorrer-me nas minhas penas, dizendo por mim algum pai-nosso, porque a tua oração é muito aceita de Deus”.
Então Frei Conrado, consentindo benignamente no pedido e dizendo por ele uma vez o pai-nosso com requiem aeternam, disse aquela alma:
–“Ó pai caríssimo, quanto bem e quanto refrigério eu sinto! Peço-te que o digas uma outra vez”.
E Frei Conrado disse e, dito que foi, disse a alma:
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Nossa Senhora do Carmo resgata almas do Purgatório. Catedral de São Sebastião, Espanha. |
Então Frei Conrado, vendo que aquela alma era tão ajudada pelas suas orações, disse por ela cem pai-nossos e tendo terminado, disse aquela alma:
–“Agradeço-te, pai caríssimo, da parte de Deus pela caridade que tiveste comigo; porque pelas tuas orações estou livre de todas as penas e me vou ao reino celestial”.
E dito isto partiu aquela alma.
Então Frei Conrado, para dar alegria e conforto aos frades, lhes contou por ordem toda aquela visão.
Em louvor de Cristo bendito. Amém.
A existência do Purgatório e as imensas dores das almas que – embora aprovadas no Juízo de Deus – ali vão para purgar faltas cometidas nesta vida, é uma terrível realidade.
Não é apenas algo de que se fala solo nos contos piedosos.
As almas no Purgatório, com permissão divina, podem aparecer aos vivos para pedir orações e assim saírem mais cedo de aquele local de penitência e dores amarguíssimas.
Em Roma, há uma igreja consagrada inteiramente a rezar por elas. E os fiéis devem fazê-lo especialmente no Dia de Defuntos.
Sinal deixada por uma alma em fogo.
Museu do Purgatório, Roma
Em Roma, há um Museu das Almas do Purgatório onde se podem ver marcas de fogo e outros sinais deixados por essas almas.
CLIQUE AQUI e veja mais sobre essa igreja romana e sobre o museu, e o que conta o pároco sobre a impressionante realidade do Purgatório.
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Muito obrigado pelo envio de mais um importante conteúdo de aprendizado.
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